O medo de falar em público é dos medos mais comuns e paralisantes que existem, sendo até mais intenso e generalizado do que o medo da morte.
Este medo, inexplicável se analisado racionalmente, atua ao nível mais profundo, do subconsciente, com o um medo primário associado à necessidade de aceitação e validação por parte dos outros.
- E se me engasgar? E se disser algo profundamente errado? E se me esquecer do que queria dizer? E se… ? Por aí vamos, de questionamento em questionamento, até à decisão final: Não vou falar! Não quero aparecer! Nem pensar!
No entanto, quando se reúnem as condições (e a coragem ou a necessidade), quando, finalmente, nos encontramos num palco ou com um microfone nas mãos, com todas as atenções voltadas para nós, até nem é assim tão mau.
Quer dizer… no início até é… mas geralmente é um sentimento de contrariedade que logo passa e que depois torna o falar em público, algo natural e familiar.
Até se pode tornar algo tão comum que já nos permite improvisar em qualquer lugar ou em qualquer situação.
Mas como largar este medo tão persistente e assustador?
O primeiro passo é tomar a decisão de o ultrapassar, porque enquanto lhe dermos força, ele vai permanecer e até aumentar.
Uma vez tomada a decisão, o passo seguinte é treinar a sós, em frente ao espelho, tantas vezes quanto as necessárias, até o discurso se tornar familiar e corriqueiro.
A seguir podemos falar perante uma pequena plateia, um familiar ou um amigo que nos escute e dê sugestões de melhoria.
E no dia do evento, da palestra ou do discurso, visualizamos todo o evento a correr bem, a nossa prestação a decorrer sem falhas e o público satisfeito.
Se sentirmos que precisamos de um apoio profissional para ultrapassar este medo, podemos ainda recorrer a um psicólogo ou hipnoterapeuta, de forma a que nos ajudem a desbloquear e finalmente, avançar, livres e sem medo.
Uma coisa é certa: a nossa vida não será mais a mesma, porque, uma vez este medo vencido, a nossa autoconfiança irá aumentar e isso irá refletir-se noutras áreas da vida, tanto profissional como pessoal, tornando-se uma experiência altamente gratificante e positiva.