Dar uma palestra parece ser uma tarefa fácil e natural SE olhada do ponto de vista do espectador.
Da mesma maneira, também parecem ser muito fáceis todos os números de acrobacias circenses e até os medalhados olímpicos parecem conseguir tudo com muita naturalidade.
Só que todas essas atividades olhadas pelo ponto de vista do palestrante, artista ou desportista não têm o mesmo ângulo de visão, não é verdade?
“Sangue, suor e lágrimas” são, na maior parte das vezes, os companheiros habituais de quem mostra os seus dons e capacidades de forma, aparentemente, tão fácil e natural ao mundo.
Então é natural que antes de se decidirem avançar por algo que podem ver como a sua missão, o seu chamado, o seu dom, gosto ou paixão, os palestrantes se confrontem com alguns dilemas.
O primeiro dilema é se serão capazes de enfrentar a exposição pública – este é talvez o primeiro, e muitas vezes, o único dilema que se colocam, porque muitos desistem logo aqui quando a resposta que lhes surge à mente é NÃO.
Mas porquê a mente lhes responde NÃO (e por vezes diz mais umas quantas coisas desagradáveis a seguir a isso – apenas para reforçar bem a decisão)?
Muitas vezes existe um medo de rejeição, outras vezes alguma experiência do passado que correu menos bem, e outras um sentido perfecionista apurado que chumba sem dó nem misericórdia qualquer tentativa de exposição pública que nos passe pela cabeça.
Quando ultrapassado este primeiro dilema, e conseguir-se um compromisso de, pelo menos “vamos ver o que isto vai dar”, vem um segundo dilema que é: o que é que vou dizer que tenha interesse para os outros?
Porque mesmo após anos de estudo, centenas de livros lidos, milhares de horas vividas, não sabemos se temos algo de interessante para partilhar com os outros.
Antigamente, dava-se mais valor aos anciães porque tinham uma sabedoria de vida acumulada cuja transmissão às gerações mais jovens trariam atalhos, métodos e ensinamentos válidos para lhes proporcionar uma vida mais fácil e confortável.
Hoje o acesso à informação e formação, bem como a possibilidade de criar livremente, está mais presente que nunca e a nível global.
Então, seguramente, todos nós temos algo útil para ensinar, partilhar ou conceder aos outros.
Decidido o tema, segue-se o terceiro e quarto dilema; onde é que vou conseguir encontrar as pessoas para assistir e onde é que vou fazer a palestra?
Muitos palestrantes conseguem chegar até aqui, mas depois falta-lhes audiência e a escolha do lugar mais adequado, a seleção dos equipamentos e a criação de eventos já começam a ser um fardo adicional que os leva a ponderar desistir (pensam em ficar pelas publicações semanais nas redes sociais e a fazer um ou outro reels para ir atraindo mais pessoas).
E se a consistência na produção de conteúdo é relevante, bem como a escolha dos canais e meios de comunicação para falar com o “nosso” público, também é importante ter uma estratégia de marketing mais ativa para divulgar cada vez mais o nosso trabalho e chegar a novos públicos.
E isso pode conseguir-se com campanhas de captação nas redes sociais e no Google ou em eventos de networking (tanto online como presenciais) e ainda por parcerias com outros palestrantes cuja mensagem seja complementar à nossa.
Quando conseguimos encontrar onde se encontra o “nosso” público (as pessoas efetivamente interessadas no que temos para dizer), a escolha do local da palestra torna-se mais fácil.
E pode-se optar por um espaço aberto ou fechado, de dimensão adequada ao que pretendemos realizar, e que permita a transmissão híbrida ou totalmente online se o público estiver disperso geograficamente.
Todas estas soluções são de fácil resolução (nesta fase os dilemas começam a ter menos força, porque os principais bloqueios para avançarmos estão maioritariamente na nossa mente e não tanto nas condicionantes físicas associadas.
Chega então o quinto e último dilema: não percebo nada de eventos e não sei o que é preciso para organizar toda a logística, calendário, comunicação e venda.
Num mundo perfeito, apenas faríamos o que nos dá gosto e prazer (e algumas pessoas têm essa possibilidade), mas em geral, temos que ser polivalentes e fazermos um pouco de tudo, pelo menos até termos a possibilidade de delegar para outras pessoas, aquilo que nos desagrada fazer ou que nos falta desenvolver.
É por isso que existem as empresas que fazem a realização e produção de eventos, para poderem aconselhar, recomendar e orientar as melhores soluções para cada caso.
O Palco 22 não é exceção: tem essa missão bem presente; o poder ajudar cada evento, cada palestra, cada ocasião, a ser o mais marcante e memorável possível.
Ultrapassados todos os dilemas o palestrante consegue, finalmente, partilhar o seu dom com o os outros e transformar várias vidas de forma positiva ao longo do caminho, tornando a sua própria experiência cada vez mais fácil e gratificante, de forma a que se torne cada vez mais “natural”, fácil e simples aos olhos de quem assiste.
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